domingo, 12 de dezembro de 2010

Casado com bipolar: um dia sem sorriso.

Hoje não sorri...como me é comum. Maior parte do dia distante, esposa percebeu no jantar, ela até parou de comer e comentou: você não está aqui e não quis mais comer. Não quis agredí-la com indiferença, mas foi inevitável. Depois de escrever último post, chamei para sair, fiz como uma dívida para com a família, não porque realmente queria, talvez porque seria melhor todos se distrairem do que ficarmos em casa pensando no ontem...e eu ficaria um poço de mal humor e indiferença, calado dentro do meu castelo, com fosso cheio de crocodilos. Amanhã vai ser dia de conversa....Mas voltando à doença...uma doença psquiátrica é como avistar alguém de longe. Você no início sabe que é alguém. A medida que vai se aproximando, dá para identificar se é homem ou mulher. Aos poucos vai percebendo os detalhes da roupa e demais detalhes. E cada caso é um caso, é tentativa e erro...mas existem pontos comuns: compulsão (jogo, sexo, gastos, bebida), inteligência acima da média, gostam de se destacar, empreendedores, jeito para artes e decorações, cheios de manias, perfeccionistas, auto-exigentes, não sabem receber críticas, impulsivos e outras características que não lembro agora. Já li que as grandes descobertas e empreendimentos, foram conduzidos por bipolares, ou seja, muito do que temos hoje de modernidade é fruto dessa loucura. Mudando de assunto, segunda outra empregada, digo, faxineira. Esposa não aguentaria alguém todo dia. Esta faxineira é pirada, só assim para dar certo aqui.

3 comentários:

  1. Calma, respira fundo.
    É a época do ano, a ansiedade, o estresse tudo junto.
    E quando tudo estiver irritante demais, sai dá uma volta, faça algo que te faz bem ou simplesmente durma.
    Respeite seus limites.
    Beijos
    PS.: você ganhou um selinho passa lá no meu blog pra pegar.

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  2. É... nada fácil, não? Mas, vai-se levando, um dia após o outro...

    Beijos

    Carla

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  3. Minha mãe (que não foi diagnosticada oficialmente, mas vamos lembrar que esse negocio é genetico?) Vai se aproximando o fim do ano fica cada vez pior. Como vivemos com problemas financeiros a anos quase incontaveis, o natal é pra ela algo horrivel. depois que começou a ter crises de sindrome do panico (esse sim diagnosticado) ela nunca mais conseguiu aproveitar de verdade o natal. ano novo então, pior ainda depois que as filhas se tornaram adolescentes.

    sempre fui eu quem levou a bronca e minha irmã mais velha quem colocava panos quentes. E no fim do ano, tudo piorava. Ate que nos passamos a passar o fim de ano na casa de uma tia minha, minha irmã e eu nos encarregamos dos presentes, a empregada da comida. Simplesmente tiramos de cima dela o peso de fazer de fato alguma coisa. Isso aliviou muito a situação. Ela continua ansiosa, arredia. Mas não ter a responsabilidade de nada mais a não ser comparecer tornou pra ela, e pra nos, tudo não so suportavel, mas novamente um prazer.

    Podenão ser o mesmo caso, claro. Mas cada um tem o seu jeito de viver as coisas, as emoções. E no fim do ano tudo fica muito mais a flor da pele. Vale investigar, sempre, qual o gatilho pra crise e descobrir como evita-lo sem perder aquilo que tornar o natal algo tão valoroso: o amor, a familia, o estar reunido com que amamos e demosntrar isso de alguma forma. Cada um a sua maneira. Espero que minha historia te ajude a pensar em algo, sempre, pra melhorar a vida de voces.

    E se é o caso de sorrir, espero que agora voce ja tenha sorrido, do contrario... Olha, sou ruim de piadinhas, e to quase apelando pra um elefante cair na lama, então vou ficar no basico: voce esta indo bem. Parabens pelo seu esforço! Gosto muito de vir aqui e ver o outro lado pois tem me ajudado muito a melhorar meu relacionamento aqui em casa. Obrigado!

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