terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ultima semana no atual local de trabalho

     Na próxima semana serei desligado e na terça sigo para Campo Grande, ficando um dia ali esperando o vôo do dia seguinte. Então sigo para meu destino final na fronteira com a Bolívia. Fico cerca de uma semana assumindo a nova função e volto para realizar mudança e junto com família viajarei para o Rio, para passar festas de final de ano com meus pais (e sogros!!). Começaremos 2012 no Pantanal novamente, a beira do Rio Paraguai. Preparando para partir!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Um abraço vale uma vida

    Semana passada eu deixei um comentário no blog da Dama de Cinzas, sobre pontos fortes e fracos, respondi o seguinte:
Dos pontos fortes e fracos, existe um que parece abafar todos os demais, uma dificuldade de comunicação com filha de 15 anos. A sensação de que não sei o que fazer. O ponto forte é que esta sensação de incapacidade sempre me leva a fazer muitas e solitárias perguntas a Deus.
    No sábado, filha acordou mal humorada, e me irritou com um comentário em nosso "Bom dia!". Passamos tarde no shopping e lá fez outro comentário desagradável, ciumes do irmão. Eu transpareço bem quando algo me desagrada, e se não fosse filha, descartaria a companhia dela naquele dia. Fiquei incomodado com este sentimento de desprazer pela companhia da filha ... até que filha ... direta ... perguntou no final da tarde ..."Que cara é esta?" ... e a resposta foi direta ... "Seus comentários desagradáveis, a começar pelo primeiro do dia.".
    Na livraria passei a vista na capa de um livro que trata sobre como ser tão bom líder em casa como no trabalho. Parecia recado Divino. Logo atrás filha e esposa viram o livro, filha cautelosamente apenas apontou para a mãe e eu como quem não via, fiquei rindo ... o suficiente para filha comentar ... "Ele está rindo, ele viu o livro".
   Nossa relação tem sido uma mescla de hostilidades e carinho faz um tempo. Nossa comunicação é recheada de piadinhas irritantes e provocações, somos iguais nisso. Sou debochado e ela apimenta um pouco o estilo. Na mesma noite daquele dia, tentei uma investida, uma tentativa de conversa que foi interrompida por uma ligação do trabalho, mais um garoto (soldado) que sofreu acidente de moto (não corre risco de morte). Fiquei na sala depois enquanto ela conversava com amiga pelo msn ... a mãe dormindo ... eu e filha somos "da noite". Por volta de 23 horas filha sentou no sofá grande da sala e então deitei no colo dela e começamos a conversar ... foi uma conversa franca ... sem animosidades ... senti como quem encontra a ponta da fita durex. No final da conversa, fomos deitar. Eu já estava cochilando e ela apareceu no quarto e pediu para abrir um espaço para ela deitar. Empurrei a mãe...fiquei no meio, de lado, e ela deitou. Quando ela faz isso sempre deita ao lado da mãe e isso já foi um sinal de que meu ibope subiu. Mas não foi só isso, ela me abraçou por trás ... então me voltei para o teto e coloquei a cabeça dela no meu peito. Ela dormiu assim e aquele abraço valeu toda minha existência. Quando ela firmou no sono, a conduzi para a cama dela.
   Devido doença da esposa, bipolar, estabeleci uma dinâmica estressante na relação com filha, tentando minimizar o estresse da esposa, que desencadeava momentos familiares desagradáveis. Ao mesmo tempo sendo exigente com filha por este motivo, também o fui para torná-la menos suscetível a frustrações, pensando em criar condições de uma personalidade mais forte, medo dela desencadear a bipolaridade que é hereditária. A sensação é de que tantando protegê-la da doença caí em outra armadilha, e tornei as coisas mais difíceis para ela. Isto pode ser bom...mas o receio de ter e errado na mão me rodeia, mas acho que estou reencontrando o caminho novamente, como disse, a ponta do durex. E é nítido que estamos criando nosso filho adotivo com menos exigências, menos estresse, e filha percebe e compara o tempo todo. Mas estamos vivendo outro momento, em que esposa está melhor ... com oscilações de humor não tão desastrosas. E eu também lidando melhor com isso. Além do primeiro filho sempre ser um laboratório de erros e acertos. A despeito de qualquer análise racional, eu precisava daquela abraço.
    

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Mudando para outro Estado

      Estou indo para MS ... fronteira com Bolívia e Paraguai. Vou sumir pois tenho que me desvencilhar de tarefas que me prendem aqui, mais a instalação lá...etc. Estarei vindo olhar...ler outros blogs e se der, algum comentário rápido como este. Até breve!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O momento

     O mais especial a escrever é que o momento está sendo muito bom. No casamento, talvez um dos melhores, o inverso do que estava a cerca de um mês. Foi um daqueles longos períodos ruins com muitos altos e profundos baixos. Tudo melhorou depois que arrisquei tudo em uma única medida ... assumi a direção da situação ao invés de apenas assistir. Arranjei uma confusão com sogros, escrevi o que estava engasgado nestes meus 19 anos de pacificador e mandei por email: "vocês são as pessoas mais desprezíveis que conheço" ... "tiram o pior de mim" ... "separar de sua filha teria como lado bom nunca mais ver a cara de vocês". A consequência que todo mundo precisou se posicionar. Agora esposa não liga mais para a mãe para reclamar de mim quando naquele momento ruim da bipolaridade ... nem sogra também liga para alimentar esta simbiose. Deu certo! Eu já tinha feito algo parecido a muito tempo atrás, não tão radical. Eles foram se infiltrando e passivamente não percebi como afetam a dinâmica em minha casa. Depois de toda a confusão ... um dia atendi um telefonema da sogra por engano. Ela ... "quero falar com minha filha, é possível?" ... O jeito que perguntou quase me fez usar o que sei fazer bem ...debochar...quase ..."Ela agora está amordaçada e amarrada dentro do quarto, mas espere um pouco que estou procurando a chave do quarto, pois deixei trancado" ...  passei para a filha antes disso. Estou adorando esta fase em que estou sendo respeitado.
      Outra coisa boa é que completa um ano este mês que adotamos nosso filho ... melhor ... conseguimos a guarda ... a adoção ainda não foi concluída. Depois com tempo vou escrever as mudanças que percebemos nele neste período.
      Quanto ao trabalho, esta semana devo ser transferido e não sabemos qual será nosso novo destino. São 39 possibilidades, incluindo o meio da selva amazônica à fronteira com o Uruguai. Estou ansioso, mas não preocupado, porque sei que não estou só.