domingo, 28 de novembro de 2010

Jesus, o maior psicólogo que já existiu

 Releio este livro e achei interessante pelos assuntos que vejo nos blogs. O autor é psicólogo e teólogo. São pequenos trechos transcritos ou resumidos, uma parte pequena do livro. Acho que pode ser útil.

“Examinando algumas das principais parábolas da Bíblia à luz do pensamento psicológico contemporâneo, Mark Baker foi capaz de extrair novos significados do conhecimento científico...As psicologias atuais nos permitem perceber que o fato de Jesus compreender tão profundamente as pessoas fazia com que elas quisessem ouvi-lo”

“E não lhes falava nada a não ser em parábolas” (Marcos 4:34)
Nossas decisões são tomadas inicialmente em razão do que sentimos ou acreditamos. Só depois racionalizamos para justificar nossas escolhas. Jesus usava parábolas para que as pessoas lidassem com as crenças e não com raciocínios lógicos. Ensinava valores absolutos por meio de métodos relativos. Ao ensinar por meio de parábolas não se mostrava superior, se nivelava aos ouvintes, que se identificavam na simplicidade das parábolas. Compreendia a forma de aprender das pessoas, que a compreensão das pessoas ocorre dentro da perspectiva de cada um. A parábola é um história que ajuda a compreender a realidade, cada pessoa extrai dela as verdades que é capaz de entender e aplicar na própria vida. A medida que uma pessoa cresce e evolui, revendo a mesma parábola descobrirá novos significados. Por exemplo, uma pessoa que passa por dificuldades ou momento de dor emocional, por intermédio de uma parábola, uma história na qual se identifique, pode passar a enxergar este momento de outra maneira, mais resignada. Uma parábola não altera os fatos da vida, mas torna o processo de dificuldade mais compreensível e tolerável. “Prinjcípio espiritual: só podemos entender as coisas a partir da nossa perspectiva.”

“Eu sou o conhecimento, a verdade e a vida” João 14:6
Outra característica na forma didática de Jesus, ele atraía as pessoas por meio das parábolas e estabelecia relacionamentos. A mais elevada forma de conhecimento emerge do relacionamento em que existe confiança mútua, e não de grandes quantidades de informação, porque isto tira a concentração do que se pensa sobre um assunto ou fato e concentra no que sente a respeito. Um relacionamento nos faz explorar áreas de nossa vida que não conhecíamos. Então, mais do que os conselhos recebidos em uma relação, o relacionamento por ele mesmo nos conduz a um entendimento mais profundo sobre nós mesmos. “Princípio espiritual: aprendemos as verdades mais profundas por meio dos nossos relaciomentos”.

“A sabedoria é demonstrada pelas suas ações”(Mateus 11:19)
As pessoas valorizam demais a objetividade. Quando uma esposa demonstra insegurança ou quer falar dos seus temores “sem causas objetivas”, é comum o esposo se irritar e ficar incompreensível apontando todos os motivos que não justificam estes temores. Na verdade, no relacionamento, quando se compartilha temores e inseguranças não se deseja que o outro os elimine. Deseja-se apenas se sentir mais próximo. “Princípio espiritual: busquem mais a sabedoria do que o conhecimento.”

“Não condeneis e não sereis condenados” Lucas 6:37
“Jesus advertiu das armadilhas que encontramos ao julgar os outros. Ele sabia que nossos julgamentos se baseiam em informações distorcidas por nosso modo de ser e que não correspondem necessariamente à realidade. Precisamos acreditar que sabemos a verdade completa a respeito das coisas e das pessoas para nos sentirmos seguros, achando que dominamos completamente a situação e que nada novo virá nos perturbar. Esse temor do desconhecido é a base da intolerância. Ele nos leva a julgar e rotular pessoas e coisas. Quando sentimos esse tipo de medo, condenamos o que não compreendemos. “Princípio espiritual: ao julgar os outros, nós nos condenamos.”

“Deus não enviou seu Filho ao mundo para condenar o mundo” João 3:17
Deus não quer que as pessoas se sintam mal a respeito de si mesmas, mas que se sintam amadas. “Jesus sabia que é saudável nos sentirmos às vezes culpados para podermos reparar nossas faltas e aprender com elas, mas que a autocondenação resulta na crença de que sermos maus é um fato absoluto que não pode ser mudado. A autocondenação não é humildade, é humilhação. Jesus queria que as pessoas se livrassem da condenação e não que ficassem presas a ela. Princípio espiritual: a autocondenação envolve a crença em uma mentira a respeito de nós mesmos.”

“Se alguém te ferir na face direita, oferece também a outra” Mateus 5:39
Passividade e humildade não são sinônimos. A verdadeira humildade exige confiança em si mesmo. Para ser humilde você precisa saber quem é e escolher servir os outros. Não se trata da modéstia causada pela insegurança, mas dar importância a outra pessoa sem nos considerarmos diminuídos. Passividade é resultante do medo, humildade é resultante do amor. Se as pessoas atacarem você por ódio, procure amá-las até a morte, Jesus fez isto literalmente. “Princípio espiritual: a humildade é a força sob controle.”

“Do ponto de vista psicológico, encarar as pessoas simplesmente como boas ou más é muito simplista. Talvez seja mais fácil pensar assim porque, ao rotular os outros, sabemos em quem confiar e quem evitar...A parábola do bom samaritano fala de pessoas boas e más. Jesus explica a diferença entre os dois tipos em função do relacionamento que estabeleceram com o homem ferido. Jesus não falava que eram boas ou más essencialmente” (mas naquele momento se relacionaram como pessoas boas ou más). Ele conhecia profundamente a natureza humana e por isso pode nos ajudar hoje a compreender o comportamento dos outros e o nosso. Dentro de nós existe o ladrão, o sacerdote e o bom samaritano.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Miragem no Deserto

Hoje foi um dia produtivo no trabalho. Consegui atingir objetivos buscado por mais de oito meses, consegui remanejar pessoas de funções delicadas e materialidade para instaurar um processo administrativo contra servidor favorecido em licitação. Estou conseguindo me cercar de pessoas de confiança e ganhar a confiança e aglutinar esforço dos "bons" contra os "maus". Foi uma manobra desenvolvida sorrateiramente, cuja "degola" foi hoje, de quase todos. Mas em casa...se já não bastasse a angústia da monografia que preciso entregar amanhã, não consigo nem me concentrar. Não sei que sentimento assola esposa...se um sentimento BI ou POLAR....sou vítima e vilão...preciso me preocupar com meu problema...mas pareço um negligente quanto ao estado da esposa. Não consigo resolver um e nem o outro. Minha vontade é sumir, fugir, mas agora tenho este espaço para esvair minha raiva, meu sentimento de culpa, minha incapacidade, algo que não sei o que é e que logo vai desaparecer como uma "miragem no deserto". Parece que é real...mas não é...e me faz agir como se fosse. Não adianta correr na direção dela ou fugir...

domingo, 21 de novembro de 2010

Sem novela mexicana

Para quem leu a ultima postagem, não terminou em novela mexicana. Estou até sem raiva dos sogros, mas sei que preciso tomar uma atitude de por limites que até então ainda não havia feito. Na verdade me acomodei, já que eles moravam mais distantes. Eu me dava melhor com eles, morava a 2000 km, agora a distância é de cerca de 1000 km. Uma semana é limite de tempo de relação estável, isso porque só os vejo ao término do expediente, mas se ficasse em casa, seriam 3 dias. Parte da culpa não é deles, é minha, talvez quase toda ela, por ser muito passivo. Como a Dama de Cinzas escreveu em Confissões Ácidas, me permiti ser um refém deles. Eu poderia ter convidado que eles antecipassem o retorno que foi hoje, mas isso provocaria uma reação explosiva como se eles fossem as vítimas, os desrespeitados. Vou esperar baixar meus impulsos menos nobres e escrever uma mensagem via email, após dar conhecimento a esposa. Não o faria se isto não fosse para garantir a saúde de relacionamento de minha família, eu escolheria o caminho mais fácil, excluí-los. Mas enxergo nisso tudo um caminho para crescer, uma oportunidade de me tornar melhor (apesar de ainda não descartar a exclusão...rs). Conviver bem as vezes exige conflito, um conflito não deixa de ser saudável quando bem conduzido. É o que peço a Deus, não ser negligente pelo que me cabe, ter ética mesmo quando o "inimigo" usa outras armas. Não quero ser vítima e nem perseguidor.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Apenas um abraço

Meu Filho do Coração hoje ficou frustrado porque seus avós "sem coração" maternos fecharam porta na cara dele. Ele queria ir junto, apenas isso. E então inesperadamente ele se jogou no chão e entrou em "parafuso" emocional. Eu no fundo da casa escutei o que parecia uma "pirraça". De longe senti que esposa não estava sendo bem sucedida, foi surpreendida. Nosso filho ainda não havia se jogado ao chão daquele jeito...quanto aos avós...nem vou comentar...mas conseguiram surpreender também...apesar do currículo...rs. Acho que esposa ficou sem saber o que fazer, mais pela atitude dos pais do que pela "pirraça", ficou "paralizada" ... acho que com vontade de se jogar no chão também...quem sabe voltou ao passado. Quando cheguei na sala ... chamei-o...ele defensivamente esperando uma represália já esboçou que o tempo ia fechar mais...rs....esposa disse perplexa..."meus pais fecharam porta na cara dele" ... instintivamente me agachei e falei..."abraça o papai" ... a calma voltou entre soluços de choro abafados. Esposa é bipolar (mas trata e está "estável")...meu sogro sei que é também...mas ele não sabe disso...sogra, bem, esta é a espoleta que inicia o processo de loucura de meu sogro...até domingo...isto vai virar novela mexicana.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Dedos entrelaçados

Todas as noites entrelaço meus dedos, aos dedinhos do Filho do Coração. Ele corresponde ao ato e fica olhando as mãos e mexendo os dedos, acho que está sendo o momento mais sincero do meu dia. Estou sem tempo, mas gostaria de compartilhar isso. Aliás parece que amizade verdadeira e amizade desandada está na pauta da semana. Então, acho que encontrei para a pauta da semana uma amizade sincera e que está "andando" ao invés de desandar. Estou tão cansado, tão preocupado, tão enrolado com minha monografia, trabalho e obrigações no trabalho, que estava sem inspiração. Na verdade, estava até questionando esta iniciação em blogar...rs. No final tudo dá certo...sei disso...no final Deus entrelaça seus dedos aos meus.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

EU QUERO ...

Tive a experiência de conhecer no passado, quase ao mesmo tempo, famílias com filhos adotados, e não eram casais impossibilitados de gerar filhos. O ambiente era favorável, atrativo, mas do achar “lindo” para integrar este time, foi um processo repleto de incertezas.
Eu o único usando a razão (dominando o coração) e isso já faz a diferença. Mais jovem, talvez até os 30 anos, a balança pesaria para o coração sem vacilar. E aos 17, a razão nem faria parte do processo decisório, haveria apenas a fé e os ideais.
Dentro de casa, fui a última resistência ... e resisti com certa convicção...depois da várias negativas...depois de por um tempo sairmos da fila sem explicações e esposa passar o dia arrasada ao tomar conhecimento, enquanto eu solidariamente a consolava totalmente aliviado por dentro...agora...tenho um filho do coração.
Cheguei também a dar uma negativa no caso dele por email, mas a incerteza me rodeou desta vez a favor. E no dia seguinte, após ligar e tirar dúvidas sobre uma seqüelas de um nascimento prematuro e de uma hidrocefalia de gestação (que estabilizou após o parto quando foi realizada drenagem)...após escutar o que meu filho havia superado nascendo em uma família viciada em drogas, sendo recolhido quase aos dois anos se arrastando e sem falar, sem qualquer tratamento, meus receios se tornaram um projeto: dar as condições de que ele pudesse  voar mais alto, dar prosseguimento à evolução que já alcançou, pois o recebi falando, cantando, sorrindo e caminhando com algum desequilíbrio. Imaginei transformando ele em um atleta, enquanto conversava com o médico, um nadador, um corredor, uma mente brilhante, um homem com honra...o pai foi nascendo durante a ligação. Uma luta interna com o comodismo, com o conforto, com o pouco tempo livre para minhas satisfações pessoais, com os compromissos de estudos ... algo superior a tudo isso tomou conta da minha razão.
Estamos tendo uma semana cheia de ensinamentos. Na necessidade de arranjar tempo para ficar sentado ao lado da cama segurando sua mãozinha enquanto dormia, depois senti que estava deixando de fazer o mesmo pela filha de 14 anos...e fui sentar no sofá e deitá-la no colo e acariciar seu cabelo..e conversarmos antes dela deitar.
Ela, a filha, aproveitei seus momentos de ciúmes...hoje no caminho escola-casa...para ser pai. Ela contou sobre a forma estranha como uma amiga estava se comportando por ciúmes de outra nova amizade que minha filha fazendo. Eu disse é normal, você deve relevar, ela é bem mais nova que você, vai amadurecer. A filha fez comentário jocoso sobre a infantilidade da amiga. Eu confirmei...é verdade...é como se você estivesse com ciúmes de seu irmãzinho....filha sorriu entendo a armadilha...depois completei...só conseguimos entender os outros quando conseguimos entender a nós mesmos.
Meu plano agora, é montar minha coleção de carrinhos de metais que sempre quis ter, que não fez falta, mas agora .....  eu quero...aliás o que ele mais fala... eu quero. Ele repetiu isso toda vez que alguém perguntava sobre sair da instituição onde estava e sair conosco...”Eu quero”.