sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Casado com bipolar: antecedentes.

Eu ... de um lar sem sobressaltos...estável emocionalmente...pais pacientes..pai organizado...mãe farofeira alegre...filho certinho...nunca apanhei...mas já corri do pai algumas vezes...rs...uma vida sem conhecer problemas...nada marcante.
Esposa...pais cheios de traumas infantis...histórico de suicídio do lado paterno...pai estourado e mãe espoleta que provoca explosão do pai (aquela mãe que o pai chega e ela enche a cabeça dele até ele bater com cinta...daí ela sai de boazinha tentando acalmar o pai...e quem leva a culpa por deixar pai nervoso são os filhos) ...isolados de família...inicialmente simpáticos...alegres...até aprofundar amizade...daí vira...desconfiança, grosseria, etc...sem amigos que frequentem a casa.
 Após casar, pais dela sempre intervindo, até minha filha nascer...daí institivamente a paternidade me fez amadurecer e assumir a rédea...mas parecia que eu estava me rebelando contra o sistema. Esposa não conseguia se rebelar, mas reclamava para mim...eu tinha que tomar a atitude...pôr o limite...conclusão...logo após nascer a filha...esposa ficou 3 dias sem comer...sem beber...deitada. Quem era o culpado:eu...Mas um médico amigo da família...me alertou: todos surtando... e disse tudo o que aconteceria...comecei a ler...conversar com todos os médicos de plantão durante primeira internação. Descobri que eu era o responsável...eu poderia cuidar da minha vida...e largar esposa e filha nas mãos daquela gente...ou....sofrer toda represália e cuidar delas. Próximo post conto sobre como aprendi a entender a doença.

3 comentários:

  1. uau
    pergunta - quando vcs se afastaram da familia dela, ela melhorou? (vcs fizeram isso não?)
    E que essa e uma pulga que tenha atras da orelha hoje em minha vida... talvez voce possa me ajudar.
    beijos

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  2. Vivemos nossos 2 primeiros anos de casamento a 5 horas de viagem...ele a cada 2 semanas indo "dar apoio"...no mínimo uma vez por mês. Quando filha nasceu, eles moravam no Rio...nós em Niterói...foi a pior fase. Depois fomos morar a 2100 Km...então conseguimos fazer o corte do cordão umbilical...A distância ajudou muito.

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  3. Vivo com a mesma pulguinha da Di.
    Acredito que nem sempre a família tem estrutura emocional pra amparar a pessoa que tem dificuldade em manter a estabilidade e, por isso, precisa de um ambiente "clean", equilibrado e harmonizado. Nesses casos, o melhor é o distanciamento das pessoas que não têm condições de favorecer a estabilidade.
    Pai do coração, parabéns pela força e pela perseverança. Por não ter desistido da tua esposa. Parabéns pela linda família que você têm. Parabéns, pelas palavras que têm trazido pra nós, já te disse e repito, têm sido muito importante e inspiradoras.
    Mais uma vez, PARABÉNS!!!!!

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