sexta-feira, 8 de junho de 2012

A missão é sempre a mesma

       Esta semana me perguntaram se estou sentindo muito a mudança depois de tanto tempo no Exército, desde os 14 anos. Eu fiquei sem saber o que responder, não estou tendo tempo livre para pensar.
          O pior da transição foi a saída, mas iniciado o novo trabalho, me sinto ambientado. É verdade que eu tinha ferramentas disciplinares para respaudar minha autoridade, mas não podia despedir com tanta facilidade como vejo na iniciativa privada. É improdutivo ficar despedindo a todo instante, assim também quando se aplica punições disciplinares intensamente. Ou seja, o desafio é o mesmo, conseguir tirar o melhor das pessoas e da equipe de trabalho. As pessoas pensam que o ambiente de quartel é repressor, quando na verdade há uma segurança legal e um forte ambiente de camaradagem, em que os espaços e limites estão muito bem definidos. Não há nada mais repressor, do que te tenho visto no ramo em que estou no momento, de transportes. E as pessoas se submetem à condições que em 30 anos no Exército, lá eu chamaria de indigna.
         Então quem lê pode pensar que estou insatisfeito. Comparando com outras empresas do estado, acho que estou na mais séria, em que não há atrasos nos pagamentos e nas indenizações quando há danos à cargas. Sinto-me responsável em fazer o melhor para a empresa, e nisto inclui o melhor para as pessoas, no ambiente de trabalho, nas condições e em mudança de mentalidade que devem acontecer no topo. Não sei quanto tempo estarei cumprindo esta missão aqui, apenas desejo olhar para trás e sentir que fiz mais do que uma boa gestão.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Fincando raízes

   Acabei de chegar no hotel. Vou apenas dar notícias. Voltando para Cuiabá, para receber mudança. Faz tempo não escrevo nada. Feliz e cheio de planos para nova etapa! Saudades...mas vou sair porque estou com fome e tenho que fazer faxina na casa amanhã, receber a mudança e voltar para buscar minha tropa.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Escrevendo qualquer coisa

Este post não queria dar título...nem formatar parágrafos...apenas escrever. Estou na nova cidade ... tive uma primeira impressão ruim...casas antigas...até primeira saída à noite...jogo de luzes nas praças....lugares que fechados durante o dia são bares à noite. Noites seguidas de calor...muito calor...e agitação... correspondente...parece que todo mundo na rua...deve ser o efeito do calor dentro de casa. Depois da primeira má impressão descobri que aqui tem boliche...o que não havia na outra pequena cidade em que morava...existem excelentes sorveterias... pizzas de verdade...o que não havia onde eu morava. Não tem shopping...mas o comércio é bom para uma cidade de fronteira. A casa acomodou bem nossos pertences e com conforto. O ponto alto é o clube com este calor. Gosto do calor porque adoro nadar ...e onde eu estava o tempo era desanimador. Estamos com saudades da outra cidade...sempre deixamos algo bom para trás...uma lembrança de lar...mas como cidade aqui está parecendo melhor... e espero que nos relacionamentos seja tão bom também...que tenhamos um momento bom aqui. A escola das crianças parece muito boa...confortável...bem estruturada... vamos acompanhar o conteúdo. O ambiente de trabalho me agradou. A cidade tem alguns males de cidade grande em função da droga que passa por aqui...muito pedinte...notadamente dependentes químicos. Já conheci um que vi se drogando na minha esquina pela manhã. Conversei com ele...prometi que vamos conversar mais...ele fica o dia catando papelão para juntar dinheiro...para comer e claro se drogar. Vejo ele andando pela cidade...quanta energia...neste calor abrasador. Estou com o corpo moído de furar paredes...sair na rua atrás de parafusos e coisas para a casa. Em uma das vezes que saí para comprar fio e tomada...vi uma moça vendendo refri e água perto..carinhosamente afagando filhinha que estava acordando no carrinho...estavam embaixo de uma pequena sombra de árvore .. na calçada...Fiquei tocado por aquela moça ... naquelas condições tendo tanta paciência e carinho pela filha. Comprei uma água para ajudar e não tive coragem de cobrar o troco...o sotaque dela boliviano. A cidade já vive contrastes de cidade grande, apesar de seus 120 mil habitantes. A Bolívia é uma miséria ... e me disseram que esta é a parte da fronteira melhorada ... que no restante dela ... no lado boliviano é bem pior. Lá o contraste é bem pior...pontos de comércio de luxo para turistas cercado de miséria. Mas o comércio também não é tão bom quanto no Paraguai. A recomendação é que mulheres não passem para lá sozinhas...é bom estar em comboio...dois ou três carros...se bater lá sempre estará errado. Alguns carros não são recomendáveis passar para o lado boliviano. Fiquei impressionado com um Batalhão do Exército encrustado na beira do Rio Paraguai ... instalações bem cuidadas...ambiente que respira história. Esta manhã acordei antes do sol e levei cães para suas necessidades ... estava fresco...brisa matinal do rio... não tinha sentido este vento fresco ainda. Eu brinco com esposa..."olha a brisa do mar entrando pela janela" (um calor infernal...rs)...De nossa janela vemos o Rio Paraguai. Como curiosidade...aqui tem uma barata de rio que chega a quase 10 cm ... isso mesmo ... grande e cascuda... nesta época do ano e quando chove à noite aparecem muitas... por isso todas as janelas com tela. A praça pela manhã parece um campo de batalha ...muitas mortas ou quase .... sendo devoradas por aves de rapina e formigas....vi isto uma vez. Minha filha e esposa saem da portaria para o carro a noite gritando....rs...baratas e morcegos...estes últimos dando rasantes desviando de nós. Eu e filha estávamos com os cães ao anoitecer ... caminhando....e presenciei o momento da chegada dos morcegos...eles estavam vindo pela nossa rua...como um turbilhão girando...muitos ... ficamos no meio do corredor de passagem deles...eu brinquei com a filha...olha as gaivotas...ela olhou curiosa e depois entrou em pânico me agarrando...rs...eles desviando de nós quase colidindo...fomos saindo da posição até sairmos do "corredor"de passagem deles. Acho que já escrevi bastante...estava com saudades de vir aqui...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Primeira noite na nova cidade

   Cheguei!! Na primeira ligação filha perguntou..e aí? Como é aí? Pensei que se ela reclama de onde está não vai gostar da notícia. Não tem quase nada na cidade e nada em um raio de cerca de 500 Km. Dizem que tem algo na Bolívia, mas como lá qualquer carro roubado no Brasil pode ser legalizado, imagine roubado lá. Um amigo me recebeu e disse que ia todo final de semana no início até perceber que já tinha comprado tudo que precisava e não precisava. E além do risco atual de perder o carro, o lado boliviano as vezes fecha a fronteira e ninguém entra ou sai. Atualmente parece mais seguro fazer compras na Rocinha.
   Não estou reclamando ou lamentando...apenas constatando a realidade que estou vendo...depois a gente sublima. Para começar a sublimação...pelo menos tenho água com gás no frigobar do quarto...rs

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ultima semana no atual local de trabalho

     Na próxima semana serei desligado e na terça sigo para Campo Grande, ficando um dia ali esperando o vôo do dia seguinte. Então sigo para meu destino final na fronteira com a Bolívia. Fico cerca de uma semana assumindo a nova função e volto para realizar mudança e junto com família viajarei para o Rio, para passar festas de final de ano com meus pais (e sogros!!). Começaremos 2012 no Pantanal novamente, a beira do Rio Paraguai. Preparando para partir!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Um abraço vale uma vida

    Semana passada eu deixei um comentário no blog da Dama de Cinzas, sobre pontos fortes e fracos, respondi o seguinte:
Dos pontos fortes e fracos, existe um que parece abafar todos os demais, uma dificuldade de comunicação com filha de 15 anos. A sensação de que não sei o que fazer. O ponto forte é que esta sensação de incapacidade sempre me leva a fazer muitas e solitárias perguntas a Deus.
    No sábado, filha acordou mal humorada, e me irritou com um comentário em nosso "Bom dia!". Passamos tarde no shopping e lá fez outro comentário desagradável, ciumes do irmão. Eu transpareço bem quando algo me desagrada, e se não fosse filha, descartaria a companhia dela naquele dia. Fiquei incomodado com este sentimento de desprazer pela companhia da filha ... até que filha ... direta ... perguntou no final da tarde ..."Que cara é esta?" ... e a resposta foi direta ... "Seus comentários desagradáveis, a começar pelo primeiro do dia.".
    Na livraria passei a vista na capa de um livro que trata sobre como ser tão bom líder em casa como no trabalho. Parecia recado Divino. Logo atrás filha e esposa viram o livro, filha cautelosamente apenas apontou para a mãe e eu como quem não via, fiquei rindo ... o suficiente para filha comentar ... "Ele está rindo, ele viu o livro".
   Nossa relação tem sido uma mescla de hostilidades e carinho faz um tempo. Nossa comunicação é recheada de piadinhas irritantes e provocações, somos iguais nisso. Sou debochado e ela apimenta um pouco o estilo. Na mesma noite daquele dia, tentei uma investida, uma tentativa de conversa que foi interrompida por uma ligação do trabalho, mais um garoto (soldado) que sofreu acidente de moto (não corre risco de morte). Fiquei na sala depois enquanto ela conversava com amiga pelo msn ... a mãe dormindo ... eu e filha somos "da noite". Por volta de 23 horas filha sentou no sofá grande da sala e então deitei no colo dela e começamos a conversar ... foi uma conversa franca ... sem animosidades ... senti como quem encontra a ponta da fita durex. No final da conversa, fomos deitar. Eu já estava cochilando e ela apareceu no quarto e pediu para abrir um espaço para ela deitar. Empurrei a mãe...fiquei no meio, de lado, e ela deitou. Quando ela faz isso sempre deita ao lado da mãe e isso já foi um sinal de que meu ibope subiu. Mas não foi só isso, ela me abraçou por trás ... então me voltei para o teto e coloquei a cabeça dela no meu peito. Ela dormiu assim e aquele abraço valeu toda minha existência. Quando ela firmou no sono, a conduzi para a cama dela.
   Devido doença da esposa, bipolar, estabeleci uma dinâmica estressante na relação com filha, tentando minimizar o estresse da esposa, que desencadeava momentos familiares desagradáveis. Ao mesmo tempo sendo exigente com filha por este motivo, também o fui para torná-la menos suscetível a frustrações, pensando em criar condições de uma personalidade mais forte, medo dela desencadear a bipolaridade que é hereditária. A sensação é de que tantando protegê-la da doença caí em outra armadilha, e tornei as coisas mais difíceis para ela. Isto pode ser bom...mas o receio de ter e errado na mão me rodeia, mas acho que estou reencontrando o caminho novamente, como disse, a ponta do durex. E é nítido que estamos criando nosso filho adotivo com menos exigências, menos estresse, e filha percebe e compara o tempo todo. Mas estamos vivendo outro momento, em que esposa está melhor ... com oscilações de humor não tão desastrosas. E eu também lidando melhor com isso. Além do primeiro filho sempre ser um laboratório de erros e acertos. A despeito de qualquer análise racional, eu precisava daquela abraço.
    

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Mudando para outro Estado

      Estou indo para MS ... fronteira com Bolívia e Paraguai. Vou sumir pois tenho que me desvencilhar de tarefas que me prendem aqui, mais a instalação lá...etc. Estarei vindo olhar...ler outros blogs e se der, algum comentário rápido como este. Até breve!