sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Operação Motel.

   Este post é apenas para jogar conversa fora...contar caso...
   Lendo no site do Terra uma entrevista com um capitão de engenharia que está ou estava comandando a construção de uma passadeira e uma ponte de treliça em uma das áreas da recente tragédia das chuvas no Rio, lembrei de momentos que minha memória me surpreendeu. Pra não perder o fato novamente, resolvi escrever.
   Eu, então tenente de engenharia, estava comandando o transporte de material de pontes para um exercício de travessia de curso d` água (um rio), em região rural existente na periferia do Rio de Janeiro. Foram 15 dias corridos de transporte levando o material para o local, com jornada começando as 5 e terminando após anoitecer. Depois mais uma semana montando e desmontando as pontes e passadeiras no Rio Guandú. Terminou com uma demontração e por fim a desmontagem e transporte de todo o material de volta, finalizando com a limpeza e armazenamento. Meu comandante de companhia somente ia para casa depois que a última viatura entrasse no batalhão com todos bem e a última viatura era sempre a minha. Na última noite de transporte, retornando com o material, as duas últimas viaturas, sendo a última a minha, voltando juntos, a outra chefiada por um sargento quebrou em um local sem comunicação, iluminação precária, um bairro pobre, ruas de terra e muito mato. Mandei o sargento embarcar na minha viatura e fiquei com o motorista da viatura quebrada, fazendo a guarda. Cada um com uma pistola, fora do caminhão, na verdade fazendo a nossa própria segurança, pois quem iria querer uma caminhão quebrado? Depois de uma hora (já era noite) chegou o socorro, um outro caminhão com acessório para rebocar a viatura quebrada. Durante a manobra preparando para o reboque, o caminhão "socorro" também quebrou. Então ficamos naquele momento 4 militares e dois caminhões. Procurei uma casa que possuísse telefone e isto não havia ali, era um bairro de periferia sem infraestrutura. Entre as casas, todas muito simples, havia uma com um veículo, uma brasília amarela. Fui com um cabo pedir ao morador que nos levasse a um telefone, pois eu precisava informar que o "socorro" também precisava de ajuda. O morador entrou e voltou com a chave do carro e após saber se tínhamos CNH, me entregou a chave do carro. Eu fiquei tão surpreso que mostrei a identidade apesar dele não a ter pedido. Pra finalizar, consegui encontrar um local com telefone e concluimos a missão. O único local com telefone era um motel, então entramos eu e o cabo, fardados, equipados e armados, em uma brasília amarela no motel. Não sei o que foi mais constrangedor...entrar no motel...ou depois de usar o telefone... sair do motel.

4 comentários:

  1. kkkkk essa deve ser daquelas cenas que todo mundo imagina mas nunca ve - e claro tinhaque ser uma impressão beem diferente do que de fato era.

    Sobre ter que pedir e muito pra ganhar um abraço da filha de 14anos, eu e minha otima memoria devo dizer que ele ainda quer e sente falta dos abraços, so que morre de vergonha de sentir esse tipo de afeição aos pais, pois nesse momento os hormonios gritam que ela mantenha o foco em afeições a amigas e amigOs (não tão amigos assim) proximos da idade dela. Como esses sentimentos são novos, ela fica confusa e vai, automaticamente, evitar demonstrações de afeto que possam ser interpretados como infantis numa fase que tudo que ela quer é ser vista como adulta.

    Passa, por volta dos 21, depois de termos feito muita besteira e enterdermos que a maior besteira é achar que é infantil, quando na verdade mostra muita segurança de quem se é, mostrar amor e respeito aos pais...

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  2. Obrigado Di...conforta...porque as vezes me pergunto onde estou falhando.

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  3. Bem bom senhor capitão
    Te vi outro dia de cara no chão
    Fingindo usar o telefone e olhar devagarinho
    A saia da menina que passava de mansinho.
    ELA

    Na vida acontece coisa inexplicáveis.
    Nem vendo para crer.

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  4. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Mas me diz uma coisa vocês não pagaram o motel pagaram?
    Quanto a sua filhota nessa idade a cabecinha dela tá a milhão e sendo filha de militar a coisa pega um pouquinho pior eu sei porque sou.
    Então vamos lá... ela esta crescendo e como demonstrar algum afeto pelo pai sendo que na cabeça dela ele é autoridade ao quadrado pai e policia PP, se nos meninas já somos encanadas com os pais com pais policia tem um que a mais.
    Meu pai resolveu o problema assim (ele era doido mas se te servir de alguma coisa)
    Foi meu pai que me mostrou camisinha - graças a Deus ele não me ensinou como usar.
    Meu pai me disse como conquistar e manter um homem (o manter funcionou muito bem o com 1º marido)o conquistar funciona até hoje risos.
    Ele era durão mas também demonstrava sentimentos o que me deixava estremamente confusa, vê se não acontece o mesmo com a sua filhota.
    Ele me falava como era pra eu dirigir aos 16 anos e ia me ensinando só no verbar risos.
    Me ensinou a me defender só que nunca treinamos ai eu só tenho uma noção mas já bati nos meus 2 ex maridos quando eles tentaram me pegar a força.
    Ele me amava do jeito dele mas não demonstrava do jeito que eu queria ai saia cada fecha.
    Demonstrava muita preocupação comigo o que me deixava muito puta da vida, ele era pior que a minha mãe parecia que eu era de cristal.
    O que faltou entre eu e o meu pai soldado foi o dialogo a longo prazo essas historias acima não foram todos os dias já com a minha mãe a amizade era maior, talvez na vida seja assim mesmo eu ainda não estudei isso na faculdade.
    Tenta manter um dialogo aberto com ela dentro do que você se sente confortavel escolhe um assunto sei lá como dirigir... não vai começar como o meu pai que começou com a camisinha quando eu tinha 14 anos.
    Espero poder ter te ajudado ou te feito rir.
    Se quiser eu faço um post sobre como é ser filha de policia.
    Beijos e boa sorte com a filhota.

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