terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O que escrevo.

     Desde criança eu escrevo algo. Eu era daqueles meninos que escrevia jornalzinho falando das meninas e pregava nos postes anonimamente. Nos sete anos de internato escrevia durante as aulas, enquetes ou comentários que circulavam pela sala. Eu muitas vezes não conseguia me concentrar nas aulas, naquelas mais chatas ou que tinham material interessante a ser explorado. Lembro de um professor de biologia, cujas frases marcantes nunca esqueci: "Os ovo das ave" ou "As afirmação são cinco, letra um .... letra 2....letra 3....letra 4 (não houve a quinta)". Havia bolão na sala para para os erros de concordância dele.
      Escrevi estórias falando de colegas e de capitães e tenentes instrutores, tudo fixado publicamente em quadro mural, e quando falava de superiores era sempre camuflado, mas meus colegas sabiam a quem eu me referia. Uma certa vez um capitão nos reuniu para saber quem havia escrito e o signigicado dos personagens (e ele era um dos personagens). A turma me protegeu dizendo que a estória havia sido escrita por todos...como se cada tivesse contribuiudo com um pedaço. Isso era comum, o grupo proteger o indivíduo. Certa vez faltou luz, foi uma algazarra na formatura de revista das 19 horas. Quando voltou a luz, um superior perguntou para o pelotão em forma....quem estava gritando fazendo baderna?...Instintivamente todos levantaram os braços, Ele obviamente não anotou ninguém.
      Aqui estou seguindo três tendências: escrever sobre a experiência da adoção, escrever sobre a experiência de ser casado com uma bipolar e agora os casos engraçados que permeiam minhas lembranças. As vezes também um desabafo de um cidadão indignado.

5 comentários:

  1. Percebe-se que você já escreve de longo tempo.
    Um abraço.

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  2. olá .
    obg pela visita..
    fique a vontade com as estrelinhas rsrsr

    beijo
    andréya..

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  3. Obrigada pela visita em meu blog... seja sempre bem-vindo.

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  4. muito legal esse companheirismo. Na minha vida não tinha isso não, ninguem levantava o braço - nem quem fez nem os outros. Acho muito mais bacana esse jeito de proteger o proximo mesmo tendo suas diferenças.

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  5. Estou adorando ler oq vc escreve beijus

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